Vera Lúcia da Silva: “No início você acha que é uma coisa que não há como suportar”

“No início você acha que é uma coisa que não há como suportar. Eu tinha outra visão do câncer, eu achava que tinha câncer estava condenado a morte. E não é isso… Depois que você tem, você tem mais força de viver”, declarou Vera Lúcia da Silva, 48 anos, dona de casa.

Vera é de São João do Pau d’Alho, casada com o gerente de vendas, Orivaldo Jesus Barbato. A dona de casa também tem dois filhos: André da Silva Barbato, 31 anos, professor; Lucas da Silva Barbato, 22 anos, inspetor de alunos. Os filhos moram fora e nem mesmo a distância foi um obstáculo. “Mesmo estando longe, eles me deram muito apoio”.

Vera vai acompanhada pela mãe, irmão e esposo para tocar o Sino da Esperança

Na manhã dessa terça-feira (01), Vera chegou ao Centro de Radioterapia do HRC acompanhada do esposo, do irmão Adilson Rodrigues da Silva e da mãe, Maria José da Silva. A mãe diz conhecer o hospital através de Vera. “Ela fala sobre todo mundo aqui, você precisa ver. Chega feliz em casa, nem parece que veio fazer radioterapia”.

Vera fala sobre o tratamento e diz não levar como uma parte ruim da sua vida. “Eu vou levar como algo bom, um aprendizado. Mais uma etapa que eu venci”.

Descoberta

Vera descobriu o câncer num exame de rotina em janeiro de 2016. Nesse exame, apareceu uma alteração e o médico pediu para que ela o repetisse. A biópsia então, resultou como um carcinoma. “No início eu fiquei desesperada. O médico tentou me acalmar dizendo que era algo normal, que podia ser tratado”, conta.

A princípio, Vera realizaria uma mastectomia total. Surpreendentemente, o carcinoma diminuiu a ponto de poder retirar apenas o quadrante. Após a cirurgia, foi realizado o esvaziamento axilar e a reconstrução nas duas mamas. “Foi a melhor coisa que eu fiz, pois nesse material que ele retirou foi descoberto que eu também tinha outro câncer. Não era tão grave, mas já estava se formando outro carcinoma”.

Vera precisou realizar 16 sessões de quimioterapia, sendo quatro vermelhas -  com os medicamentos doxorrubicina e epirrubicina - e duas brancas – com taxanos e ciclofosfamida.  Realizou a cirurgia no dia 7 de março de 2017. No dia 12 de junho, ela iniciou o tratamento da radioterapia no HRC, sendo 33 sessões.

A dona de casa afirma que só irá levar coisas boas do HRC. Conta que fez muitas amizades, conheceu gente de várias regiões. “Eu aprendi a fazer artesanato, o que eu sei eu passei para outras pessoas também. Eu acho que eu tirei de letra. Se um dia eu precisar voltar, será de cabeça erguida e muita força”.