Na tarde do dia 23/06/17, entrou pela primeira no Centro de Radioterapia do HRC para realizar uma consulta. Era a “Semana do Arraiá” do hospital e por isso, todos pacientes e acompanhantes estavam envolvidos com o bingo que estava acontecendo. Quando ofereceram uma cartela para que Celso também pudesse jogar, ele não foi capaz de responder: estava encolhido, com dores fortes. A esposa, Maria de Lurdes Ibanez foi quem disse que eles não participariam da atividade em razão do desconforto do esposo.
Alguns dias depois, as sessões de radioterapia foram iniciadas e o paciente pôde melhorar num curto espaço de tempo. Não somente devido ao tratamento, mas também ao afeto que ele encontrou no hospital. “Eu costumo falar que as pessoas são escolhidas a dedo para ocupar seus lugares na vida. E foi isso que aconteceu. Todos que trabalham aqui fazem diferença na nossa melhora. Desde o segurança até os médicos”, conta.
Aos 52 anos, Celso é segurança e mora em Rancharia com a esposa. Esta, se emocionou ao contar do processo desde o diagnóstico até o encerramento do ciclo de 10 sessões. “Quando fomos encaminhados para Presidente Prudente, eu já sabia que algo não estava certo. Quando cheguei aqui e desci do transporte, vi a fachada do hospital e pensei: ‘tudo menos isso’. Depois vi que não havia lugar melhor para nos acolher do que este”.
Na manhã de hoje (20) o casal estava agradecido pela conquista. Ao falarem sobre o período no HRC, contaram sobre um episódio ocorrido mais cedo. “Nós chegamos aqui por volta de 5:40 da manhã e sabíamos que o atendimento só começaria às 7h. O guarda noturno nos viu e disse para entrarmos e esperamos aqui dentro, protegidos do frio”, conta Maria de Lurdes. “Essa atitude parece pequena, mas é essa empatia, esse fazer pelo outro o que esperamos que façam pela gente que muda tudo”, completou Celso.
Com o olhar emocionado e um sorriso sereno, o casal contou da trajetória com amor. “O atendimento também te cura. Te ajuda. Te salva”, encerrou a esposa.